quarta-feira, 7 de agosto de 2013

SÓ PARA MORTAIS (9/15): Tudo o que não foi visto, reconhecido e honrado, apodrece. E envenena a consciência e o corpo coletivo.

Segundo Huguette Guermonprez «A grande maioria das pessoas que trabalham por conta de outrem, é adaptável e sentem-se desejosos de partir para uma atividade nova. A dúvida instala-se quando eles se apercebem que o novo dirigente ou líder negligencia, ignora ou desqualifica aquilo que tinha começado o seu predecessor. O continuum é quebrado e a desmotivação instala-se acabando por se desejar o chefe seguinte. Podemos compreender muito bem que aquele que chega com um novo projeto quer entusiasmar toda a gente atrás dele. Mas algumas vezes, ele esquece-se de interrogar as suas equipas sobre as suas motivações (valores) e sobre o que segundo a opinião deles, pode ser razoavelmente alcançado ou não. Provavelmente bastaria falar para ajudar a fluir as coisas! Mas, parece que ainda vivemos na idade das hierarquias opacas. O resultado, é que secções ou organismos inteiros se instalam numa incompletude crónica, num marasmo doentio, numa atmosfera depressiva generalizada. Uma escritora e psicoterapeuta Christiane Singer (1943-2007) disse mais ou menos a mesma coisa, à sua própria maneira: «Há uma coisa que me tocou muito, estes últimos anos: a necessidade de homenagear aquilo que foi, sem julgamento de valor, o que quer que seja que tenha acontecido. Tudo o que não foi visto, reconhecido e honrado, apodrece. E envenena a consciência e o corpo coletivo. É fascinante. Eu vi algumas empresas serem destruídas por não saberem isto: em vez de agradecerem à equipa precedente, denegriram-na e mudaram tudo para recomeçar do zero. E rapidamente, sente-se a teia de uma maldição no ambiente e na estrutura de empresa. A evolução não pode continuar em frente sem reconhecer e honrar o que aconteceu antes. Às vezes basta uma palavra. Um instante de reconhecimento sincero, também para o antigo funcionário que vai ser reformado. “Obrigado, nós honramos o trabalho que realizou até agora; vamos efetuar mudanças respeitando o que fez antes de nós.” Se não o fizermos, a vida e o chão escapa-nos.
(continua amanhã...)
PNL António Vieira 
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